Ashley Malia

Jornalista e influenciadora digital com o foco em temas como raça, literatura negra, autoestima e cabelo crespo.

Artigos e reportagens sobre raça e população negra escritos para o Jornal A TARDE, um dos maiores e mais tradicionais veículos de comunicação da Bahia.

Transformando vivências em samba, As Ganhadeiras de Itapuã preservam memória e potência de mulheres negras

A oralidade é uma prática ancestral, que vem de África, berço da Bahia e continente que gerou e vem gerando grandes potências femininas. É desta herança que surge As Ganhadeiras de Itapuã, em Salvador, unindo memórias e costumes antigos, passando umas às outras através da fala, e eternizando a cultura do bairro de Itapuã, casa de ganhadeiras e de poesia, em canções e sambas em vozes de mulheres.

Surgindo em 2004, As Ganhadeiras de Itapuã tiveram a iniciativa com o intuito de preservar a memória

"O legado de Marielle é um projeto coletivo", diz viúva da vereadora

Já se somam 688 dias desde que a vida da vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco (PSOL) foi interrompida com o disparo de quatro tiros, na noite do dia 14 de março de 2018. Com o desdobramento do caso, a pergunta deixa de ser "quem matou Marielle Franco?" e torna-se "quem mandou matar Marielle?", pois uma das questões que predominam na história da morte da vereadora é a de que foi um crime político. Isso por ela ser, estatisticamente, um alvo da violência no Brasil e trazer em seu corpo dive

Produção de bonecas negras no país caiu entre 2016 e 2020, aponta pesquisa

Uma pesquisa realizada este ano pela Ong Avante – Educação e Mobilização Social apontou que o total de bonecos negros fabricados pelas indústrias diminuiu entre 2016 e 2020. De acordo com a pesquisa “Cadê nossa boneca?”, em 2016, os modelos de bonecos negros no mercado eram apenas 7% dos fabricados pela indústria. Em 2020, esse número cai para 6%, mesmo diante de políticas afirmativas e uma tomada de força expressiva nas discussões raciais e busca por representatividade negra.

Ainda conforme a

Artigo: A estética é o que nos mata primeiro

Acredito que seja forte afirmar que o primeiro gatilho para que o racismo aja sobre corpos negros seja a estética, principalmente em um momento em que muitas pessoas tanto desmerecem a luta (sim, luta) que envolve a estética afro-diaspórica. Entretanto, é necessário que a gente continue pensando em como a violência racial se apresenta primeiro a partir das micro-violências, para depois partir para o macro.

O caso de racismo e violência policial que ganhou as manchetes dos jornais nacionais, nes

“Muitas mulheres negras sentem que em suas vidas existe pouco ou nenhum amor”

Na maioria das vezes, falar de amor entre a comunidade negra é sinônimo de dor, pensar sobre isso é revisitar sentimentos de solidão, preterimento e, em muitos momentos, culpa. Felizmente estamos dando alguns passos à frente em relação a essa temática tão complexa, é lindo ver que alguns de nós estamos sendo amados, mas são realidades tão caras que diversas são as vezes em que uma foto de casal preto viraliza com pessoas comentando que é um sonho inalcançável.

Já li Vivendo de Amor, de bell hoo

“Quando internalizado de forma brutal, o racismo se torna um fator de risco à vida”, diz psicólogo

Jovens negros apresentam 45% mais chances de cometer suicídio do que jovens brancos, conforme dados do Ministério da Saúde, divulgados no ano de 2019. Esses números estão diretamente ligados ao racismo vivido pelas pessoas negras na sociedade, de um modo geral. Psicólogos negros já pontuam a importância de discutir o quanto os marcadores sociais de raça, classe e gênero estão relacionados ao adoecimento psíquico, quando acometidos pelo preconceito.

De acordo com o psicólogo Leonardo Ribeiro, é

"Funcionários de estabelecimentos são 'treinados' para tratar pessoas negras de forma diferente", afirma advogado

Mesmo após 131 anos da suposta Abolição da Escravatura no Brasil, o País ainda enfrenta resquícios desse crítico momento vivido pela população negra. Ao longo do ano, diversos casos de racismo ganharam repercussão na mídia, alinhados a dados que comprovam o quanto a questão racial deve ser uma temática cada vez mais debatida entre a sociedade brasileira, principalmente dentro de empresas, estabelecimentos e órgãos do Estado.

Representando 54% da população, os negros são 71,5% das pessoas assass

Artigo | Black is King: o protagonismo é nosso e a branquitude tem que entender isso

Beyoncé contraria narrativa que nos coloca em lugares de miséria e escravidão, e devolve a riqueza e realeza que sempre foram parte da história da população negra

Como sempre, Beyoncé trouxe mais um lançamento de sua carreira, que fez o mundo e a internet parar com a magnitude de seu trabalho. Desta vez, com o álbum visual “Black Is King”, lançado na última sexta-feira, 31. A obra é um complemento visual ao álbum “The Gift”, lançado para o remake do filme “O Rei Leão”, em 2019.

A reação de mul

Fui a jornalista a dar o furo e cobrir de perto o desenvolvimento do Caso Gabriel, um jovem que foi preso injustamente em mais um caso de racismo. O caso teve repercussão nacional. 

*** Os links do EL PAÍS e Ponte Jornalismo são de entrevista que dei para os veículos.

Reportagens do caso:

"Eu sabia que podia passar por isso", diz jovem negro confundido com suspeito de roubo

"É difícil estar em uma cela gelada, tendo que queimar plástico e papel, comer com a mão e passar frio. Sei que tem muita gente passando frio, mas você pagar por algo que não fez é um absurdo". Este é o relato do jovem estudante Gabriel Silva Santos que, na última sexta-feira, 12, foi preso nas proximidades do Centro Administrativo da Bahia (CAB), enquanto tentava sacar o auxílio emergencial em uma agência da Caixa Econômica.

A prisão foi motivada pela suposta semelhança física de Gabriel, que

Gabriel foi preso por roubo. A única prova foi a cor de sua pele

Ser negro, ter cabelo loiro e usar tatuagens foi o que bastou para Gabriel Silva Santos, 22 anos, ser preso pela Polícia Militar da Bahia por suspeita de roubo. Indignados, militantes negros e antirracistas criaram a campanha #SoltemGabriel e conseguiram a libertação do jovem em 24 horas.

Gabriel, que trabalhava como estoquista, havia perdido o emprego, assim como muitos brasileiros, por causa da pandemia do novo coronavírus. Na tarde de sexta-feira, ele saiu de casa para sacar o seguro-desempr

Gabriel foi preso por roubo. Única prova: a cor de sua pele

Jovem foi detido em Salvador (BA) apenas por se enquadrar na descrição de ladrão “negro, loiro e tatuado”; mobilização nas redes levou Gabriel a ser solto em 24 horas

Ser negro, ter cabelo loiro e usar tatuagens foi o que bastou para Gabriel Silva Santos, 22 anos, ser preso pela Polícia Militar da Bahia por suspeita de roubo. Indignados, militantes negros e antirracistas criaram a campanha #SoltemGabriel e conseguiram a libertação do jovem em 24 horas.

Gabriel, que trabalhava como estoquista,

Artigo como autora convidada para Ponte Jornalismo:

Além de jornalista sou influenciadora digital, trabalhando na internet temáticas como raça, literatura negra e autoestima.

Confira abaixo alguns artigos que viralizaram nas redes sociais:

Para todas as meninas negras que, assim como eu, têm a virilha escura – Instagram

Amar o próprio corpo, sendo mulher preta, está longe de ser fácil, é muito difícil. E mesmo qnd a gente pensa que se aceitou totalmente, hora ou outra aparece alguma coisinha q a gente nem tinha percebido q incomodava tanto, justamente pelo costume de estar sempre tentando esconder. Vai ver a gente passou tanto tempo tentando disfarçar ou ignorar, que acabamos escondendo as inseguranças de nós mesmas.